Boa tarde,
Meu nome é GICELIO RODRIGUES BORGES, venho aqui manifestar a humilhação e falta de
respeito e ética que sofri neste hospital na madrugada de segunda feira 23-03-2015.
Eu e minha esposa acordamos por volta de meia noite com nosso filho literalmente
parando de respirar, como nunca havia acontecido antes corremos imediatamente para o
HRC ( Hospital que atende na nossa região)e fizemos a ficha do nosso bebê ARTHUR DE
LUNA BORGES , por volta da 01:10hs, rapidamente fomos chamados, e a 1ª médica nos
atendeu (a qual não sei o nome) receitou 3 inalações e uma medicação, SEM DIZER O
QUE ELE TINHA, apenas informou que devíamos seguir para medicação, e retornar
depois para nova avaliação.
Realizamos todas os procedimentos prescritos e nada do meu filho melhorar, por volta
das 03:30hs da madrugada estávamos aguardando a médica chamar para a reavaliação
junto a outros 5/6 pais e crianças (inclusive uma desistiu do atendimento e devido
ao frio extremo foi embora), estávamos todos cansados, com muito frio e vimos que
ninguém chamava para atendimento , foi quando me dirigi a recepção e perguntei
sobre os pediatras que estavam de plantão a uma menina da recepção loira, com blusa
verde, que estava na parte de trás do balcão ( onde ficam umas macas), me informou
com total "deboche" que a médica estava na emergência com uma criança , respondi a
ela que tudo bem, mas e a outra médica? Foi aí que ela respondeu que a outra estava
dormindo, fiquei extremamente irritado e perguntei a ela se ela achava certo o
médico que está recebendo pra trabalhar dormir enquanto meu filho estava ali as
04:00 da manha sem conseguir respirar e eu e todos pais teríamos que trabalhar em
1 ou 2 horas ?? Com ironia ela me respondeu:
- O PROBLEMA NÃO É MEU!!
Nós pais das crianças ficamos extremamente revoltados, irados diante a total falta
de respeito aquela hora da madrugada e exigimos falar com alguém da administração.
Aí esta moça olhou pra trás em direção a uma sala e mandou agente entrar nela, lá na
sala apagada havia uma moca chamada Patricia ( sei porque li no jaleco dela), que se
dizia da administração (salinha do serviço social apagada, onde ela claramente pelo
rosto amassado também dormia), com uma cara muito brava e incomodada, nos chamou e
perguntou o problema, falamos a ela que se um médico está na emergência então que o
outro que está dormindo acorde e venha liberar as crianças que estavam doentes e com
frio, a mesma pegou um telefone no escuro e falou assim:
- VOU LIGAR NO CONFORTO MÉDICO ONDE ESTÃO OS MÉDICOS, E AÍ VOCÊ MESMO ACORDA ELA!
Fiquei extremamente nervoso, exaltado, meu filho com falta de ar, minha esposa
chorando nervosa, bati o telefone no gancho e falei alto a ela que se ela é da
administração naquela porcaria ela que acorde o médico e não eu ,e que minha
paciência estava acabando!
Ela pediu respeito ( quanta ironia né??) , e me mandou entrar na 1 sala de
atendimento no corredor .
Neste momento ouvindo os absurdos que estavam acontecendo, e vendo a total palhaçada
e desordem que é este hospital na madrugada, outros pais começam a se revoltar lá
fora na recepção!
Saí da sala e a mesma continuou lá no escuro, sentada como estava ficou, e
provavelmente voltou a sua soneca!!!
Entrei na sala, quando uma Sra. Com sotaque estrangeiro com nome de Dra.
Claudia Molina (2ª médica que nos atendeu)muito alterada e transtornada entra na sala,
coloca o dedo na cara de minha esposa que estava chorando com meu bebê no colo e diz
que estamos falando alto e faltando com respeito a ela, minha esposa diz que sequer
dirigimos a palavra a ela , e ela diz que a Patrícia já passou todo o caso por
telefone, e pasmem ela disse:
- DORMIMOS MESMO, SE VOCÊS NÃO ESTUDARAM É PROBLEMA SEU, EU ESTUDEI PRA TER ESTAS "REGALIAS" DE DORMIR ENQUANTO RECEBO, NO MINIMO ESTÃO AQUI PORQUE QUEREM ATESTADO!
Minha esposa respondeu, eu também estudei e pago por isso aqui sabia, é surreal você
achar que alguém estaria num PS as 4 da manha com um bebe pra pegar atestado,
examine meu filho e você verá porque estamos aqui e porque estamos nervosos, a mesma
disse:
- ENTÃO PAGUEM MAIS E VÃO NO HOSPITAL PARTICULAR!
Respondi, temos uma transportadora, não queremos
atestado, quero um médico que não queira só dormir pra fazer meu filho respirar pelo
amor de Deus!!
Confesso que minha vontade era partir pra agressão, mas meu filho precisava de
atendimento, o silencio tomou conta da sala e a mesma escreveu um monte de coisas na
ficha do meu filho sem se quer examiná-lo ou olhar pra cara dele, e sem nos dar a
menor satisfação entregou a ficha na sala de medicação e foi embora, depois de um
tempo a enfermeira chamou pra medicá-lo, e aí fui atrás dela pelos corredores e
implorei para que ela examinasse meu filho pra eu saber o que ele tem, como ele iria
tomar remédio e inalações novamente sem ser examinado?
Ela me disse: - TENHO MAIS O QUE FAZER!
Sem opção vendo meu filho naquele estado, tivemos que aderir a seja lá o que aquela
mulher tinha receitado sem se quer examiná-lo.
Por fim , por volta das 06:30hs após terminar um total de 6 inalações com Berotec e
Atrovent e tomar 2 medicações , retornamos com a mesma na sala, que calada e muda em
sua cadeira novamente não olhou pro meu filho nem pra nós, e se quer examinou meu
filho, sem responder minhas dúvidas:
O que ele tem?
Porque ele ainda está tão mal ainda?
Porque as medicações não estão fazendo efeito? (por três vezes) Sem responder nada,
ela escrevia na ficha de atendimento, e no receituário e disse apenas que se ele
não melhorar em 7 dias é para retornar que ela irá interná-lo e disse tchau!!?
Até agora não sabemos o que ele tem , hoje já é quinta-feira e ele não melhora, foi
receitado Amoxilina , Predinizolona, Dipirona, Inalação com Berotec 4/ 4 hs p/ 7
dias !!
Não sei aonde vou recorrer pois região só tem um hospital, o HRC (que uso uma vez
por ano e olhe lá), que pelo site diz respeitar seus pacientes e acompanhantes, que
tem várias políticas de qualidade, que é um HOSPITAL HUMANIZADO, porém quando
chegamos lá desesperados na madrugada verificamos que na pratica tudo é muito
diferente, as recepcionistas dão respostas absurdas, médicos e administração só
querem dormir enquanto ganham seu salário, quando tem o sono interrompido nos
recebem em salas escuras, nos tratam mal, colocam o dedo na nossa cara nos
insultando, debocham e ironizam e se negam a examinar os pacientes, se negam a
prestar esclarecimentos sobre a saúde de um bebê doente,e passam a impressão que no
fundo querem que partíssemos pra agressão física para perdermos a razão!!!
Toda ação tem uma reação, fiquei muito exaltado, nervoso, chocado depois de a
recepcionista dizer que os médicos dormem enquanto meu filho tem falta de ar, a
pessoa da administração (Patrícia)nos atender as escuras e dizer que nós mesmos
acordaríamos o médicos pelo telefone, a médica transtornada, irada se negando a
examinar um bebê, e ainda diz que se ele não melhorar em 7 dias é caso para
internação....isso é sério e é pra ficar calmo?
Como cidadão não aceito este descaso, absurdo e humilhação, e exijo uma resposta e
solução!
O que meu filho tem? Porque não melhora?
Se ele fosse pelo menos examinado talvez a DRA. CLAUDIA MOLINA teria me respondido!
Vou denunciar e reclamar... enfim a ficha que ela tanto escreveu aceita tudo, a
saúde do meu filho não!
O CREMESP e a SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DE SAO PAULO condizem com a alegação que médicos estudam anos pra dormir nos plantões enquanto recebem ?
N.R. Cópia desta carta foi encaminhada ao Hospital de Cotia em 26/3/2015
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Resposta em 13/04/2015
O Hospital Regional de Cotia esclarece que o paciente A. L. B. deu entrada no
Pronto Socorro no dia 23 de março, por volta de 1 hora da manhã.
Apresentava tosse seca, dificuldade de respirar com rouquidão, febre, porém, em bom
estado geral.
Após passar por avaliação médica, foram prescritas três inalações que ocorreram às
2h, às 3h e às 3h45. O paciente foi, então, reavaliado, medicado com Flebocortid e
passou por mais três sessões de inalação.
Por volta de 6h30, após a realização das condutas prescritas, o paciente foi
avaliado novamente pelo pediatra plantonista que constatou melhora em seu estado
geral e observou que ele estava respirando normalmente, sem febre. A criança
recebeu alta e os pais foram orientados a seguir tratamento com medicamentos.
O Hospital Regional de Cotia trabalha continuamente na melhoria dos seus processos
de atendimento, entendendo a humanização como pilar do cuidado em saúde e lamenta
que a família do paciente não tenha se sentido acolhida pela equipe de saúde. A
direção irá reforçar as políticas institucionais com os colaboradores envolvidos.