Inflação: IPCA fica em 0,16% em janeiro
- Da Redação
- 12 de fev.
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Atualizado: 14 de fev.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) principal indicador da inflação oficial do Brasil, registrou uma variação de 0,16%, ficando 0,36 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de dezembro (0,52%). Esse foi o menor IPCA para um mês de janeiro desde a implantação do Plano Real, em 1994.
No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA apresentou uma alta de 4,56%, abaixo dos 4,83% registrados em dezembro de 2024. Apesar dessa desaceleração, a inflação anual ainda se encontra acima da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
A principal contribuição para a desaceleração da inflação em janeiro foi a redução nos preços da energia elétrica residencial, influenciada pela incorporação do Bônus de Itaipu nas faturas de energia. Por outro lado, os grupos de Alimentação e Bebidas e Transportes apresentaram aumentos significativos, com variações de 1,06% e 1,01%, respectivamente, impactando o índice geral.
Principais grupos
O grupo Transportes, com alta de 1,30% e 0,27 ponto percentual (p.p.), seguido do grupo Alimentação e bebidas (0,96% e 0,21 p.p.) são os grupos com as maiores variações positivas no IPCA de janeiro. O grupo Habitação, com queda de 3,08% e -0,46 p.p. de impacto contribuiu para conter o índice do mês.

No grupo dos Transportes (1,30%), o resultado foi influenciado pelo aumento nos preços das passagens aéreas (10,42%) e do ônibus urbano (3,84%).
Houve também aumento no táxi (1,83%). Em São Paulo, foram registrados aumentos de 3,00% no trem e no metrô, em razão do reajuste de 4,00% nas passagens a partir de 06 de janeiro. A variação de 4,53% na integração transporte público em São Paulo também reflete os reajustes citados e as gratuidades concedidas nos feriados de Ano Novo (01/01) e do aniversário da cidade (25/01).
No grupamento dos combustíveis (0,75%), houve aumentos nos preços do etanol (1,82%), do óleo diesel (0,97%), da gasolina (0,61%) e do gás veicular (0,43%).
O grupo Alimentação e bebidas registrou alta de 0,96% em janeiro, quinto aumento consecutivo. A alimentação no domicílio subiu 1,07%, influenciada pelas altas da cenoura (36,14%), do tomate (20,27%), e do café moído (8,56%). Por outro lado, sobressaíram as quedas da batata-inglesa (-9,12%) e do leite longa vida (-1,53%).
A alimentação fora do domicílio desacelerou de 1,19% em dezembro para 0,67% em janeiro. Tanto o lanche (0,94%) quanto a refeição (0,58%) tiveram variações inferiores às do mês anterior (0,96% e 1,42%, respectivamente).
No grupo Habitação (-3,08% e -0,46 p.p.), a energia elétrica residencial foi o subitem com o maior impacto negativo no índice (-0,55 p.p.), ao recuar 14,21% em janeiro. A queda decorre da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas em janeiro. Ainda em Habitação, a alta da taxa de água e esgoto (0,97%) foi influenciada pelos reajustes nas capitais.
INPC fica em 0,0% em janeiro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) não teve variação de dezembro para janeiro e a taxa ficou em 0,00%. Na ótica dos últimos doze meses, o índice ficou em 4,17%, abaixo dos 4,77% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2024, a taxa havia sido de 0,57%.
Os produtos alimentícios desaceleraram de dezembro (1,12%) para janeiro (0,99%). A variação dos não alimentícios passou de 0,27% em dezembro para -0,33% em janeiro.
INPC x IPCA
A principal diferença do INPC para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), também considerado a inflação oficial, é que o INPC apura o custo de vida de famílias com renda de até cinco salários mínimos. Já o IPCA, é o consumo de famílias com renda até 40 salários mínimos. Atualmente o mínimo é de R$ 1.518.
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 28 de dezembro e 29 de janeiro de 2025 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de novembro a 27 de dezembro de 2024 (base).
Com informações da Agência IBGE
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