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Vai viajar no Carnaval? Vacinação contra a febre amarela precisa ser feita até esta quarta-feira (19)

SP reforça a importância da proteção dos macacos. Eles não transmitem a doença e indicam a circulação do vírus antes que ele atinja os humanos (Divulgação: Governo de SP)
SP reforça a importância da proteção dos macacos. Eles não transmitem a doença e indicam a circulação do vírus antes que ele atinja os humanos (Divulgação: Governo de SP)

O Governo de São Paulo emitiu um alerta sobre a circulação do vírus da febre amarela no estado e reforçou que os macacos não são transmissores da doença. Esses animais funcionam como sentinelas naturais: quando adoecem ou morrem, indicam a presença do vírus na região, permitindo que as autoridades sanitárias adotem medidas preventivas.


O Estado registrou 14 casos e nove óbitos em humanos, além de 30 casos em primatas não humanos nas regiões de Ribeirão Preto, Campinas, Barretos, Bauru e Osasco.


Vai viajar no Carnaval?

O Governo de São Paulo reforça a importância da vacinação contra a febre amarela para quem pretende viajar no feriado de Carnaval. Pessoas não vacinadas devem se imunizar até esta quarta-feira (19) para garantir proteção antes da folia, especialmente aquelas que viajarão para áreas rurais ou de mata.


A imunização é a principal medida de prevenção contra a doença e deve ser aplicada pelo menos 10 dias antes da viagem para garantir a proteção. Aqueles que ainda não receberam o imunizante contra a febre amarela, que não possuem a carteira de vacinação ou têm dúvidas se foram vacinados devem buscar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima.


O vírus da febre amarela

O vírus da febre amarela foi detectado pela primeira vez nas regiões norte e noroeste de São Paulo em 2016, e, no ano seguinte, houve um aumento no número de casos, com destaque para a região de Campinas.


Em outubro de 2017, o vírus foi confirmado na zona norte da capital, Mairiporã e Caieiras, levando à morte de primatas não humanos em 40 municípios e ao fechamento temporário de algumas Unidades de Conservação, como o Parque Estadual Cantareira. Naquela época, a desinformação gerou perseguição aos macacos, erroneamente associados à transmissão da doença, principalmente os bugios.


A Coordenadoria de Fauna Silvestre (CFS) da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) enfatiza a importância de acompanhar a presença do vírus da febre amarela, sem comprometer a conservação da fauna. “Os macacos são essenciais para a vigilância da febre amarela, pois indicam a circulação do vírus antes que ele atinja os humanos. Eles não transmitem a doença, que é propagada exclusivamente por mosquitos”, explica Paloma Arakaki, coordenadora da Comissão Pró Primatas Paulistas (CPPP), vinculada à CFS-SMA. Para fortalecer essa vigilância, a CPPP coordena o Grupo de Assessoramento em Saúde Única (GASU), que monitora a febre amarela em primatas e apoia ações integradas para prevenção da doença.

Os macacos são essenciais para a vigilância da febre amarela, pois indicam a circulação do vírus antes que ele atinja os humanos (Divulgação: Governo de SP)
Os macacos são essenciais para a vigilância da febre amarela, pois indicam a circulação do vírus antes que ele atinja os humanos (Divulgação: Governo de SP)

Como agir

Caso a população encontre macacos com comportamento anormal, como dificuldade de locomoção, equilíbrio ou visão, é fundamental registrar a ocorrência no aplicativo SISSGEO, da Fiocruz, vinculada ao Ministério da Saúde. Não se deve capturar ou transportar os animais. A orientação é acionar o Corpo de Bombeiros, a Guarda Civil Municipal (GCM) ambiental ou a área de zoonoses da Secretaria de Saúde local.


Além do monitoramento em vida livre, a CFS orientou todos os empreendimentos de fauna cadastrados no sistema de gestão da fauna silvestre do Estado sobre a necessidade de redobrar a atenção a casos de macacos doentes ou mortos.

“A recomendação é a colocação de telas em portas e janelas dos recintos dos macacos para evitar a entrada de mosquitos. Em caso de suspeita, o animal deve ficar em observação por 10 dias em área isolada. Se houver óbito, é essencial comunicar imediatamente a Secretaria de Saúde do município para coleta de amostras”, destacou Hélia Maria Piedade, especialista ambiental e diretora no Centro Regional de Gestão de Fauna Silvestre da Semil.


Embora a febre amarela silvestre seja endêmica no Brasil, afetando principalmente a região Amazônica, ela também impacta o Centro-Oeste, Sudeste e Sul em ciclos epidêmicos. O vírus é transmitido exclusivamente pela picada de mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que se proliferam em ocos de árvores com água acumulada.


O Governo de São Paulo segue atento à circulação da doença e reforça a importância da vacinação, do uso de repelente e da conscientização da população para evitar a propagação do vírus e proteger tanto as pessoas quanto a fauna silvestre.

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