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Foto do escritorDa Redação

Carapicuíba: Adolescente de 16 anos que atacou o pai sob efeito de drogas aguarda vaga em clínica


Jovem, que é dependente química, tem um bebê de três meses


Fau Barbosa

A família de uma adolescente de 16 anos vive um drama por conta da dependência química da filha.

A jovem, que é mãe de um bebê de três meses, está internada desde o último dia 13/7 em um Pronto Socorro psiquiátrico de Carapicuíba. A internação aconteceu após ela ter um surto e atacar o pai com duas facas, depois de ser repreendida. Ela estaria sob efeito de drogas. "O pai a repreendeu (coisa normal de pai e filha) e ela teve essa reação exagerada, em razão da droga", disse a promotora do caso, Dra. Sandra Reimberg, do Ministério Público de Carapicuíba.


Os fatos

Segundo as informações, a adolescente usa drogas desde os 12 anos. A mãe suspeita que ela seja usuária de crack e da K9, uma droga sintética perigosa e pior que a maconha, já que seus usuários tem comportamento agressivo e correm risco até mesmo de morte devido a infecções agudas graves causadas pela droga. Por isso a busca por tratamento deve ser rápida.


Após atacar o pai, ela foi para o pronto atendimento, onde ficou internada. A Justiça então determinou que ela fosse internada em uma clínica de reabilitação, porém, passadas mais de duas semanas, a família continua à espera de uma vaga. Desde então, a mãe da jovem cuida do bebê e de mais duas crianças e está sem poder trabalhar e dormindo no chão do Pronto Socorro. Ela não pode sair dali pois a filha é menor de idade.

A adolescente está sob efeito de remédios e a mãe teme que, caso ela tenha alta médica, volte para as drogas.


Ministério Público

O Ministério Público de Carapicuíba entrou com uma ação para obrigar a Secretaria de Saúde a disponibilizar uma clínica para internação da adolescente. Até o momento, a vaga não foi oferecida, mesmo com uma multa estipulada pela Justiça no valor de R$30 mil reais por dia em caso de descumprimento da decisão.


Segundo a promotora Sandra Reimberg, a liminar dizia que a vaga devia ter sido oferecida em até 48h, ou na rede pública estadual ou na rede particular, às custas do estado.

"O Ministério Público não medirá esforços para garantir o direito constitucional à saúde da adolescente. Estão sendo adotadas todas as medidas judiciais possíveis para que, não sendo garantida a vaga no sistema público, sejam bloqueados valores nas contas do Estado para garantir o custeio de clínica particular", explicou a promotora à reportagem do Portal Viva.


Secretaria de Saúde

O Portal Viva entrou em contato com a Secretaria de Saúde estadual, que nos encaminhou nota falando sobre o caso.

"A Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (Cross) informa que monitora o caso da paciente, que está sendo devidamente assistida e será encaminhada para serviço de referência. A família será comunicada.

A Central possui um sistema on-line que funciona 24 horas por dia e busca vagas disponíveis em diversas unidades de saúde (não apenas nos hospitais estaduais) na região de origem do paciente e com disponibilidade e capacidade para atender cada caso, priorizando os mais graves e urgentes. Este é apenas um serviço intermediário entre os serviços de origem e de referência. Seu papel não é criar leitos, mas auxiliar na identificação de uma vaga no hospital mais próximo e apto a cuidar do caso."


Imagem: Reprodução R7





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