Os réus foram condenados por crimes de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro com penas que ultrapassam 75 anos. Cabe recurso.
A Juíza da 1ª Vara Criminal de Carapicuíba condenou 11 pessoas por desvios de dinheiro público que deviam ser empregados no Hospital Geral (HGC) e no Ambulatório de Especialidades Médicas (AME) de Carapicuíba. As penas ultrapassam 75 anos.
A sentença foi publicada no dia 25 de novembro.
A investigação, feita pela Promotoria de Justiça do Ministério Público de Carapicuíba, teve início em 2019 após uma denúncia de um funcionário do HGC que estranhou os altos gastos que a Associação passou a executar, assim que assumiu a gestão do hospital.
A investigação de Carapicuíba acabou indo ao encontro de outra que era feita pelo GAECO de Araçatuba, que é o Grupo de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público.
Em 29 de setembro de 2020 foi deflagrada a Operação Raio-X, com cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão. Nas comarcas de Penápolis e Birigui, onde também houve desvio, já foram proferidas sentenças condenatórias. Agora foi a vez de ser julgada a ação penal de Carapicuíba.
Os réus foram condenados por crimes de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. Dos 11 condenados, um era o líder da organização criminosa, dois eram diretores do HGC, seis eram empresários que recebiam valores indevidos por contratos fraudulentos e dois recebiam como funcionários pelo HGC e AME Carapicuíba, mas não prestavam serviços para eles.
O valor total apurado dos desvios foi de mais de 10 milhões de reais, entre dezembro de 2018 e setembro de 2020, por meio de 17 contratos.
Foram decretadas perdas de bens apreendidos, incluindo uma aeronave comprada com dinheiro desviado.
A Promotoria de Justiça de Carapicuíba recorreu para aumentar as penas. As Defesas dos réus também tem direito a recurso.
Da Promotoria de Justiça do MP de Carapicuíba
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