Em coletiva de imprensa, Governo anunciou nesta quarta-feira (10), que Região Metropolitana de SP poderá avançar para fase laranja do Plano.
O governador João Doria anunciou hoje (10) em coletiva de imprensa, no Palácio dos Bandeirantes, que 14 das regiões do estado permaneceram ou avançaram para fase laranja do Plano SP. Por outro lado, três regiões, Ribeirão Preto, Presidente Prudente e Barretos, retrocederam para a fase mais restritiva, a fase vermelha, por conta do crescimento no número de casos de coronavírus e de óbitos.
Essa é a segunda atualização do Plano São Paulo para acompanhamento da evolução da pandemia em todo o estado. Apesar do aumento da capacidade de atendimento hospitalar, os novos índices semanais de avanço do coronavírus levaram o Estado a elevar o alerta em praticamente todo o interior paulista.
A Região Metropolitana de São Paulo avançou da fase mais restritiva, a vermelha, para a laranja. “Destaco o aspecto positivo do aumento do número de leitos de UTI disponíveis em toda a Grande SP, com o fortalecimento da capacidade hospitalar”, afirmou o secretário Marco Vinholi, de Desenvolvimento Regional.
“A epidemia desacelerou na Baixada Santista e no Vale do Ribeira, bem como na Capital. Na Região Metropolitana, houve aumento de 40% na capacidade hospitalar, com 304 novos leitos de UTI”, acrescentou Vinholi.
Desde abril, as projeções do Estado apontavam que a contaminação estava mais acelerada no interior do que na capital. Com os últimos dados do Plano SP, o Governo decidiu ampliar restrições a atividades econômicas não essenciais em cinco regiões. Araraquara e Bauru voltaram da fase 3 (amarela) para a 2 (laranja), enquanto que as áreas de Ribeirão Preto, Barretos e Presidente Prudente voltaram à etapa 1 (vermelha) de máxima restrição.
Já nas regiões da Baixada Santista e de Registro, a melhora nos índices semanais de variação de casos confirmados, internações e mortes por COVID-19 levou à reclassificação da fase vermelha para a fase laranja, que permite reabertura restrita de imobiliárias, concessionárias, escritórios, comércio de rua e shoppings centers. O mesmo ocorreu em todas as cinco sub-regiões da Grande São Paulo.
Na capital e demais regiões – Araçatuba, Campinas, Franca, Marília, Piracicaba, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, Sorocaba e Taubaté – que estavam na fase 2 (laranja) de retomada restrita desde o início do mês, houve estabilidade na maioria dos índices. Todas permanecem na mesma classificação até a próxima atualização de painel do Plano SP, prevista para o próximo dia 17.
“Há uma tendência em todo o interior de evolução da pandemia e o momento de controle, ao mesmo tempo que na Região Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista e Vale do Ribeira a gente registra essa desaceleração”, acrescentou o Secretário Marco Vinholi.
O Plano SP
O Plano SP fixou cinco fases de retomada gradual e faseada das atividades sociais e econômicas, com as 17 regiões do estado classificadas por cores. Da mais restritiva, a vermelha, com funcionamento permitido somente aos serviços essenciais, à azul, de abertura controlada, com todos os setores em funcionamento, mas mantendo medidas de distanciamento e higiene. Os critérios foram fixados pelo Comitê de Contingência do Coronavírus.
A cor de cada uma das regiões foi estabelecida segundo critérios como capacidade do Sistema de Saúde, taxa de ocupação de leitos, evolução da epidemia, número de casos, etc. A flexibilização será posta em prática nos municípios que tiverem redução de casos e disponibilidade de leitos.
“Manteremos a quarentena por mais duas semanas, mas com a retomada consciente de algumas atividades econômicas”, informou o governador João Doria.
Na média estadual dos últimos sete dias, houve redução na taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva para COVID-19 de 72,6% para 69,1%, além de aumento na média de vagas por cem mil habitantes de 15,4 para 18,1. No mesmo período, o total de casos e mortes teve quedas reduzidas, de 1% e 3% respectivamente, mas as internações pela doença subiram 7%.
O reforço na rede hospitalar foi substancial nos últimos 15 dias, quando o Governo de São Paulo intensificou a distribuição de respiradores e ampliou o número de vagas em UTIs para pacientes graves com coronavírus. No dia 25 de maio, o total de leitos de terapia intensiva no estado era de 6.542, foi a 7.134 no dia 1 de junho e, atualmente, é de 7.610 e deve crescer ainda mais até o fim do mês.
As normas do Estado autorizam os prefeitos a conduzir e fiscalizar a flexibilização de setores segundo as características locais. Os pré-requisitos para a retomada são adesão aos protocolos estaduais de testagem e apresentação de fundamentação científica para liberação das atividades autorizadas.
Estes indicadores serão avaliados a fim de estabelecer a fase em que se encontra cada região do estado, a cada 15 dias uma região poderá se mover para fases menos restritivas, mas poderá regredir conforme os indicadores recuem.
Com os resultados desta quarta, a maior parte do estado está na fase laranja, que não permite a reabertura de bares, restaurantes, salões de beleza ou academias. Nas três regiões classificadas na etapa vermelha, só estão autorizadas atividades comerciais e serviços essenciais.
Indústria e construção civil continuam com funcionamento normal em todo o estado. A nova classificação anunciada nesta quarta entra em vigor a partir da próxima segunda-feira (15). Até lá, as prefeituras de municípios que tiveram restrição ou flexibilização de serviços deverão publicar decretos municipais adequando as normas locais de quarentena ao novo painel do Plano São Paulo.
Divisão de área
As cidades da Região Metropolitana ficam divididas nas seguintes regiões:
Norte- Caieiras, Cajamar, Francisco Morato, Franco da Rocha e Mairiporã;
Sudeste/ABC- Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul;
Leste/Alto Tietê- Arujá, Biritiba-Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano;
Sudoeste- Cotia, Embu, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Juquitiba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista;
Oeste- Barueri, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus e Santana de Parnaíba. A divisão foi feita com base na lei complementar nº 1.139, de junho de 2011, que prevê as redes regionais de Assistência à Saúde na Região Metropolitana, com a especificação das sub-regiões
Todas as informações sobre o Plano SP com atualizações em tempo real sobre a epidemia podem ser consultadas no site saopaulo.sp.gov.br/coronavirus/planosp
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