Outras cidades do Brasil devem registrar máximas entre 37°C e 43°C
Uma onda de calor voltará a se manifestar na capital paulista a partir desta quarta-feira, 30, com temperaturas próximas de 40ºC. A previsão é de que o calor permaneça em SP até sábado, 3, quando há possibilidade de chuva e risco de temporais. No interior do Estado, a máxima pode chegar a 44ºC.
Esta onda de calor vai persistir até pelo menos 8 ou 9 de outubro de 2020 e recordes históricos de calor poderão ser quebrados em alguns estados. Com diferentes graus de severidade, os estados que mais devem sentir este calor intenso são: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Rondônia, Acre, Amazonas, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco e Bahia.
O fenômeno é consequência da massa de ar seco e quente que cobre o Brasil Central e gera uma gigante bolha de ar quente, as chamadas cúpulas de calor ou 'heat dome'. A área de alta pressão em altitude gera movimentos de descida na atmosfera com calor extremo e tempo muito seco. A forte estiagem com baixa disponibilidade de umidade no solo acaba agravando a situação e cria-se um mecanismo em que o tempo seco agrava o calor e o calor agrava o tempo seco, gerando ainda maior evapotranspiração.
Nas regiões da capital em que há incidência das ilhas de calor, fenômeno climático que ocorre a partir da elevação da temperatura de uma área urbana, a elevação da temperatura pode ser ainda mais desconfortável. Na região a umidade está em alerta da faixa laranja, o que significa baixa umidade entre 12 e 20%.
Calor excessivo causa risco de fogo e prejuízos à saúde
Além do calor intenso, outra preocupação é o ar seco. A umidade relativa ainda vai ficar abaixo dos 20% por várias áreas do Sudeste, Centro-Oeste, interior do Nordeste, no Tocantins, na Região Norte, e no interior do Paraná. Algumas cidades destas regiões podem até registrar valores próximos ou abaixo de 12%, o que caracteriza estado de emergência.
Além dos problemas de saúde que se agravam neste período seco, outra preocupação é em relação às queimadas. Esta intensa onda de calor pode favorecer a propagação do fogo no fim desta temporada seca por várias regiões do país.
A Defesa Civil do Estado emitiu uma nota com recomendações para que a população evite aglomerações e não façam exercícios físicos em horários com maior incidência de radiação ultravioleta do sol. O risco de emergências relacionadas ao calor é especialmente alto para idosos, animais de estimação e pessoas com doenças crônicas.
Em caso de emergência, deve-se avisar imediatamente a Defesa Civil (199) ou o Corpo de Bombeiros (193).
Arte: Climatempo
Foto: Fau Barbosa
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