Diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) aos dois anos, menino tem admiração por estes trabalhadores e até ganhou uniforme para o dia da festa
Por volta das 17h, de sexta-feira (27/01), o pequeno Gabriel, que mora no Parque Alexandra, saiu de casa para o local da sua festa de aniversário de quatro anos, a garagem. Usava um uniforme de gari, mandado fazer pela mãe, especialmente para a ocasião. O olhar estava atento à rua, de onde viriam os convidados de honra e homenageados: os coletores de lixo.
Gabriel foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) aos dois anos de idade. E, segundo os pais, logo que o menino começou a andar e ir até o portão, demonstrou interesse pelos coletores de lixo. “Ele ficava no portão, todo feliz quando eles [coletores] passavam. E a gente viu que não foi uma coisa passageira, a admiração foi só crescendo”, lembrou Roberto Sales de Oliveira. Ele disse que o filho fez amizade com os trabalhadores e que o carinho sempre foi correspondido. “Eles [coletores] passam aqui, cumprimentam o Gabriel, é uma festa”, completou.
A família apoia e incentiva o carinho de Gabriel pelos coletores de lixo, e partiu da mãe, a Rafaela Viana de Souza, a ideia de fazer a homenagem. “Ela [mãe] organizou tudo, mandou fazer a roupinha, fez a decoração e convidou os garis [coletores]. A gente vê que ele [Gabriel] tem muito carinho pelos garis, a gente acha bonito isso”, disse Roberto.
Os coletores passaram na festa e, um a um, cumprimentaram o aniversariante. Lisonjeados com a homenagem, cantaram parabéns, comeram bolo e seguiram para o trabalho de deixar a cidade mais limpa. “É gratificante [a homenagem]. Muita gente não percebe o nosso trabalho”, disse Alan Deividi, um dos convidados de honra.
Da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Cotia
Fotos: Juliano Barbosa
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