Explosão foi ouvida próximo ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF)
Um homem de 59 anos morreu por volta das 19h30 desta quarta-feira, 13, após detonar explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). As explosões aconteceram na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Momentos antes, foram ouvidas outras explosões em um carro que estava no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados. Segundo as informações, o intervalo entre as explosões nos dois locais foi de 20 segundos. Testemunhas disseram que o barulho foi muito alto.
No momento da explosão, a Câmara e o Senado estavam em sessão. No STF, a sessão já tinha terminado, e os ministros e servidores foram retirados do local.
Segundo a PF, foram acionados policiais do Comando de Operações Táticas (COT), do Grupo de Pronta-Intervenção da Superintendência Regional da PF no Distrito Federal, peritos e o Grupo Antibombas.
Um segurança do STF disse à Polícia Civil que o homem estava com uma mochila, de onde tirou uma blusa, alguns artefatos e um extintor. A blusa foi lançada na estátua em frente ao Supremo. Quando o segurança tentou se aproximar, o homem "abriu a camisa" e mostrou algo semelhante a um relógio digital, tipo uma bomba. Ele lançou alguns artefatos, que estouraram e em seguida se deitou no chão, acendeu o último artefato e colocou na cabeça como um travesseiro, detonando-o.
O veículo que explodiu tem placa de Rio do Sul, em Santa Catarina. Segundo a Polícia, dentro do porta-malas foram encontrados fogos de artifício, pólvora e tijolos.
Carro foi encontrado com explosivos no estacionamento da Câmara (Foto: TV Globo/Reprodução)
De acordo com a PF, o homem que morreu, após detonar os explosivos, alugou uma casa em Ceilândia "há vários meses". A região fica a 30 km da Praça dos Três Poderes.
Segundo a investigação, também foram encontrados explosivos neste imóvel. Foram utilizados cães farejadores para fazer a varredura no local.
Na manhã desta quinta-feira, 14, a Polícia Militar do Distrito Federal ainda faz uma varredura na Praça dos Três Poderes. As atividades no Supremo e na Câmara foram suspensas até o meio-dia e o Senado cancelou o expediente. O Planalto ainda não informou se agenda do presidente será mantida.
A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para apurar as duas explosões. Por considerar a possibilidade de um novo ataque aos Três Poderes, a PF vai encaminhar o inquérito ao ministro do STF Alexandre de Moraes. O caso é tratado como gravíssimo.
Com informações do G1
Imagem: Reprodução/GloboNews
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