
São Paulo confirmou a morte de um primata com febre amarela, em Osasco.
O Estado já negocia com o Ministério da Saúde para receber seis milhões de doses da vacina contra a doença.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o Ministério enviou para São Paulo trezentas mil doses do imunizante esta semana e informou que, até a próxima semana, remeterá mais um milhão de doses.
Vacinação
No estado, foram confirmados oito casos da doença em humanos. Sete pessoas contraíram a doença em território paulista. Em todos os casos os pacientes não tinham se vacinado contra a febre amarela.
A meta é vacinar 95% da população, mas a cobertura atual é de 80%. Segundo o painel de vacinação do Ministério da Saúde, foram distribuídos 11 milhões de doses do imunizante nos últimos seis meses, dos quais 3,5 milhões em janeiro deste ano. São Paulo foi o destino de um milhão de doses em janeiro.
Em macacos, que não transmitem diretamente a doença, houve 25 casos de febre amarela confirmados, dos quais 20 em Ribeirão Preto, um em Pinhalzinho, um em Socorro, um em Colina, um em Campinas e um em Osasco.
A vacinação é realizada em dose única para maiores de cinco anos. Crianças menores recebem uma dose aos nove meses e reforço aos quatro anos. Desde 2017, o país adota esquema vacinal com uma dose para toda a vida.
Casos
Dos oito casos de pacientes confirmados, quatro possuem como local provável de infecção Socorro, dois em Joanópolis, um em Tuiuti, e o caso importado, o local de infecção foi em Itapeva, Minas Gerais. Dos sete casos autóctones do estado foram registrados quatro óbitos.
A vacina contra a febre amarela integra o calendário de vacinação e está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do estado. A conscientização da população sobre a importância da imunização de rotina é uma medida essencial para prevenir casos graves e proteger a saúde.
A SES ressalta que as ações de vigilância em saúde também foram intensificadas. No Brasil, não há registro da febre amarela urbana desde 1942. Atualmente, a infecção da doença se dá por meio de mosquitos silvestres que vivem em zonas de mata.
No ano passado, foram registrados dois casos humanos de febre amarela no estado de São Paulo: um autóctone e outro importado, que resultou em óbito.
Os sintomas iniciais da febre amarela são:
Início súbito de febre
Calafrios
Dor de cabeça intensa
Dores nas costas
Dores no corpo em geral
Náuseas e vômitos
Fadiga
Fraqueza
A SES destaca que os macacos não transmitem a doença, já que a transmissão do vírus se dá pela picada de mosquito silvestre infectado. Caso alguém identifique macacos mortos na região onde vive ou está, deve informar imediatamente às autoridades sanitárias do município, de preferência, diretamente para a vigilância ou controle de zoonoses.
Com informações da EBC e Agência SP
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