Cotia: Ação da Polícia Ambiental contra loteamentos clandestinos em área de mananciais aplica R$ 104 mil em multas
- Fau Barbosa
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Uma operação do Grupo de Fiscalização Integrada (GFI) Guarapiranga Sudoeste, realizada nesta sexta-feira (11 de julho), no município de Cotia, resultou na aplicação de R$ 104 mil em multas ambientais. A ação teve como foco o combate a loteamentos clandestinos em áreas de proteção e recuperação de mananciais, especialmente na Bacia Hidrográfica do Guarapiranga.

Terrenos localizados nas estradas do Caputera e do Tanabe foram fiscalizados com base em mapeamento prévio e imagens de satélite. Como resultado, foram lavrados seis Autos de Infração Ambiental (AIA), dois Boletins de Ocorrência Ambiental (BOPAmb) e um Termo de Vistoria Ambiental (TVA).

Entre as irregularidades constatadas, destaca-se o descumprimento de embargo administrativo e o corte ilegal de Araucaria angustifolia, espécie ameaçada de extinção e protegida por lei estadual. "A conduta infratora reforça a gravidade das intervenções em áreas sensíveis e a necessidade de ações contínuas de monitoramento ambiental", disse o comandante da Polícia Ambiental, Ten. Gollis, à reportagem do Portal Viva.
"É importante alertar a população de que adquirir terrenos em áreas de proteção ambiental, sem o devido licenciamento, configura não apenas um risco à natureza, mas também um prejuízo certo ao comprador", destacou.

Ele também reforçou o apelo para que os cidadãos procurem sempre informações junto à Prefeitura e aos órgãos ambientais antes de qualquer investimento imobiliário. "Comprar em área de loteamento clandestino é financiar o crime ambiental e colocar em risco o futuro da nossa água e da qualidade de vida das próximas gerações", enfatizou Gollis.
A operação foi realizada em conformidade com a Resolução SIMA nº 39/2020 e contou com o apoio de diversos órgãos de fiscalização. Segundo o GFI, além de coibir danos ambientais, essas ações são essenciais para preservar a biodiversidade, garantir a segurança hídrica da Grande São Paulo e proteger o Bioma Mata Atlântica de ocupações irregulares e degradação ambiental.