Dólar encosta em R$ 5,60 com remessas de empresas ao exterior

Da Redação
há 5 horas
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Mudança no Imposto de Renda a partir de janeiro gera "corrida" no câmbio; Bolsa de Valores fecha em queda na contramão do mercado global

O mercado financeiro viveu um dia de turbulência nesta segunda-feira (22), com o dólar comercial atingindo R$ 5,584, uma alta de quase 1%. O movimento, que aproxima a moeda da marca de R$ 5,60, reflete uma estratégia das grandes empresas para escapar da nova tributação que entra em vigor em 1º de janeiro de 2026.

Entenda os principais pontos que mexeram com o seu dinheiro:

A "Corrida" contra o Imposto de Renda

O principal motivo para a valorização do dólar não foi externo, mas interno. A partir do primeiro dia de 2026, as remessas de lucros e dividendos ao exterior (acima de R$ 50 mil mensais) passarão a pagar 10% de Imposto de Renda (IR).

Atualmente, essas operações são isentas.
Para aproveitar os últimos dias de benefício, as multinacionais estão enviando grandes volumes de recursos para fora, aumentando a demanda pela moeda americana e elevando o seu preço.

Bolsa de Valores e Taxa Selic

Enquanto as bolsas internacionais subiam, o Ibovespa (B3) caiu 0,21%, fechando aos 158.142 pontos.

O mercado de ações brasileiro foi pressionado pela incerteza sobre os juros.

Sem sinais claros se o Banco Central cortará a Taxa Selic em janeiro ou março, os juros futuros subiram.
Com juros altos, muitos investidores retiram dinheiro da Bolsa (renda variável) e aplicam na Renda Fixa, que se torna mais segura e rentável.