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Escritor de Cotia prepara lançamento de novela literária

Morador de Cotia desde 2008, Carlos Mota foi diretor da E.E. Sidrônia Nunes Pires e da E.E. Roque Celestino Pires. Hoje é diretor efetivo da E.E. Professor José Maria Perez Ferreira, em Carapicuíba.

No início de 2020, depois de um hiato de quase seis anos, o escritor Carlos Rogério Lima da Mota, ou Carlos Mota, como é conhecido, resolveu realizar um grande sonho de sua vida: reescrever “Venusa Dumont – da memória à ressurreição”, o seu primeiro romance, datado de 1998. O trabalho não seria fácil, a época do original era outra, o Brasil enfrentava o medo de se perder as conquistas sociais do Plano Real e o mundo estremecia-se com a crise econômica da Rússia.

Após reler as 156 páginas do romance, teve uma ideia, ao invés de um romance tradicional, resolveu reescrevê-la na Internet, de modo interativo, em que os leitores colaborariam com os argumentos e poderiam alterar a vida e os rumos das personagens. O primeiro passo foi dar um novo nome à obra, que, após dias de pesquisas, recebeu o título de “Flor de Cera”. A partir daí, criou-se um grupo de trabalho incrível, com oito pessoas, que liam os capítulos publicados em dias alternados no site da Editora virtual Recanto das Letras. A interação do autor-leitor possibilitou que a trama ganhasse agilidade e conversasse com todo tipo de faixa etária. De início, o remake preservou a essência do original, incluindo os termos e a ambientação, que na apresentação, assemelha-se aos folhetins do século XIX, apesar da trama se passar na atualidade. Com o passar dos capítulos, termos atuais foram inseridos, permitindo que o leitor se identificasse com as personagens e por elas torcessem, como se fossem pessoas reais.

Para facilitar o trabalho, a cada capítulo, um questionário com dez perguntas era direcionado a cada leitor e, com as respostas em mãos, novas cenas eram produzidas, criando-se os ganchos necessários para se prender a audiência. A trama ganhou ainda mais destaque quando as personagens passaram a ganhar rostos pelas mãos de Andrea Mota, esposa do autor. Além de ler a história, os leitores se deliciavam com os desenhos. A trama foi finalizada em 21 de abril, com 302 páginas e dezenas de leitores digitais.

A novela Flor de Cera A história se passa em Vila dos Princípios, uma cidade fictícia do interior de São Paulo, baseada na cultura da soja. Tem como protagonistas Catharine e seu esposo, o vereador George Dumont, que vivem um casamento frio, lastreado pela violência familiar. Catharine sofre com a perda da filha Alana e com a indiferença do esposo, que no dia do velório, encontra-se em São Paulo, conquistando “benfeitorias à cidade”. Narcisista, extremamente ambicioso, George – que nasceu Jorge da Silva-  é capaz de qualquer coisa para se eleger prefeito, tendo como aliado e mentor, o atual titular do cargo, Tanaka Santuku.

Só, Catharine encontra consolo nos ombros da empregada Ernestina, a quem ensinou a ler e a escrever, e do motorista Joaquim, homem simples, que veio do sertão e que por ela nutre um amor supostamente impossível.

Com o passar do tempo, George se torna mais violento, frio, à beira da insanidade, o que deixa a mulher tão frágil quanto uma flor de cera, incapaz de ir além dos portões da mansão. Durante todo o enredo, outras personagens margeiam a família e muitos mistérios se levantam: por que George age daquela forma? Qual seu passado? Como conheceu a família Dumont? O que pretende ao alcançar o cargo almejado? Por que ignorou o velório e o enterro de sua própria filha?

Outras perguntas também são despertadas: Por que Catharine suporta humilhações de seu esposo, se ela é a única herdeira da fortuna deixada pelos Dumont – os fundadores da cidade? Afinal, o que o destino reserva à dama dos saraus principienses? Tramas paralelas alimentam o enredo, como o uso indevido dos recursos da cidade pelo prefeito Tanaka Santuku, que age como dono de tudo, desviando verbas da saúde, da educação, cultura e tantas outras pastas para o bem-estar de sua esposa e filhos, que vivem no Japão.

Satírico, Tanaka debocha de todos, bebe saquê como se bebe água e tem “nas mãos” desde o vigia do cemitério às maiores autoridades da cidade. Por dinheiro é capaz de encenar, subornar, coagir, ameaçar e...Matar!

Quais laços unem o prefeito aos mistérios que envolvem a família Dumont, que age como monarca em pleno século XXI, em um país regido pelo presidencialismo? Só o tempo dirá!

Lançamento do livro: A versão em e-book de “Flor de Cera” chegará às principais livrarias do país no início de junho e a versão impressa em julho, por meio da Editora Cia do E-book. Pedidos de exemplares, por enquanto, podem ser encaminhados para o e-mail: autorcarlosmota@gmail.com; até o final desta semana, a editora disponibilizará um link para os pedidos (pré-venda).


Trajetória do autor Formado em Letras e  pós-graduado em Educomunicação e Gestão Escolar, casado, 43 anos, 03 filhos, Diretor de Escola Efetivo da E.E. Professor José Maria Perez Ferreira, no município de Carapicuíba /SP,  e professor de língua portuguesa do Colégio Espaço Verde Rousseau, onde desenvolveu os projetos “CPLP – Comunidade de Países de Língua Portuguesa”  e “Livro Coletivo” – no qual cada aluno escrevia um capítulo acerca de um tema proposto pela classe, totalizando 09 edições, lançadas anualmente, sempre na última semana do mês de novembro.


Carlos teve uma infância humilde. Filho de pais separados, conviveu diretamente com as dificuldades financeiras e só pôde conhecer as letras aos cincos anos, quando sua mãe, faxineira à época, ganhou de sua patroa uma coleção de gibis com mais de cem exemplares. Encantando com as obras, ele iniciou seu caminho pelas trilhas da fantasia e, ao completar seis anos, estava completamente alfabetizado.

Sua cabeça de criança parecia uma máquina, criava histórias sem parar a partir do que via, ouvia e sentia. Mas foi aos treze anos que sua crônica “Idosos, a flor da humilhação!”, ganhou espaço nas páginas do antigo jornal do Comércio de Marília no interior do Estado de SP, em 1991, tendo, ainda, sido lido no programa do jornalista Mário Sérgio, na Radio Clube de Marília, alcançando grande repercussão, afinal, a crônica denunciava os maus-tratos vividos por aqueles que tão bem fizeram ao país na juventude; já velhos, eram esquecidos em asilos ou simplesmente ignorados pela própria prole.

Seguiu colaborando com os periódicos “Jornal da Manhã” e “Diário de Marília” por quase duas décadas, onde escreveu crônicas, contos, críticas de novelas, artigos educacionais, entre outros. Sua linguagem visava atingir ao público juvenil e adulto, de modo intimista, provocativo, às vezes ácido, sempre com uma pitada social, o que atraia o leitor, que parecia agir como coadjuvante das histórias.

Em 1998 aventurou-se pelo romance, quando escreveu “Venusa Dumont – da memória à ressurreição”, uma obra ambígua, recheada de muito suspense e grandes reviravoltas. Publicou-a, inicialmente, no site Usina das Letras, obtendo mais de dois mil acessos, número razoável para a época. Em 2005 escreveu a minissérie “Diário de um Aidético”, em cinco capítulos, cujo foco centrava-se nas memórias de um portador do HIV, morto recentemente. O final surpreendente causou furor entre os leitores, que manifestaram amor e ódio pela obra.

Ingressou na editora Recanto das Letras em 2008 e lá já publicou 129 títulos, com destaque para a crônica “Os heróis de uma infância quase roubada”, que voou para as páginas de outros sites literários e da mídia impressa do Estado de São Paulo. Sempre apaixonado em lecionar, iniciou sua carreira como professor em 1997, na escola Estadual Gabriel Monteiro da Silva, também em Marília, onde, em 2001, ainda na Era da internet discada, criou com seus alunos do Ensino Fundamental o Jornal NETnews – o primeiro jornal diário escrito por alunos de um escola pública. O trabalho consistia na criação de uma redação virtual, cujo site era atualizado diversas vezes por dia, numa velocidade quase profissional. Os alunos acompanhavam as notícias do dia, escreviam suas matérias e Carlos as corrigia e publicava em colunas específicas, como esporte, TV, Locais, entre outros. Devido a este trabalho, apresentou-se aos gestores do Circuito Gestão, em cidades como Osvaldo Cruz e Serra Negra, o que lhe rendeu convite para uma coluna semanal no YESMarília, parceiro da Globo.com, nas terras de Bento de Abreu Sampaio Vidal. Escreveu quase oito anos sobre temas de relevância da política e da economia nacional.


Em 2002 tornou-se coordenador pedagógico do período noturno na EE. Monsenhor Bicudo, no centro da cidade de Marília. Em 2008, efetivou-se como professor de Língua Portuguesa da E.E. Laércio Surim, no município de Vargem Grande Paulista, ao lado de Cotia, para onde se mudou e reside até hoje. Na mesma unidade, onde trabalhou por dez anos, foi coordenador dos Ensinos Fundamental e Médio, vice-diretor e diretor designado. Neste mesmo ano lançou o site https://escritorcarlosmota.prosaeverso.net/ , dedicado exclusivamente às suas criações.

Em 2018, tornou-se diretor da E.E. Sidrônia Nunes Pires e, depois, da E.E. Roque Celestino Pires, onde permaneceu até 31 de janeiro de 2019. Em 1º de fevereiro de 2019, ingressou como Diretor efetivo da E.E. Professor José Maria Perez Ferreira, em Carapicuíba, onde permanece até os dias atuais.

Apesar de tantas reviravoltas em sua vida, Carlos é uma pessoa muito simples e seu sonho é apenas ser FELIZ, como se isso fosse fácil em dias tão difíceis como os atuais. Mas não são de sonhos que vivem os escritores?

* Sites para os quais escreveu e/ou escreve: escritorcarlosmota.prosaeverso.net http://www.recantodasletras.com.br/autores/carlosmota http://twitter.com/autorcarlosmota https://www.autores.com.br/cb-profile.html http://autorcarlosmota.blogs.sapo.pt http://escrita.com.br/leitura.asp?Texto_ID=53529





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