Agosto Lilás: saiba como identificar violência doméstica e onde procurar ajuda
- Fau Barbosa
- 4 de ago.
- 2 min de leitura
Atualizado: 5 de ago.

Mulheres vítimas de violência doméstica ou familiar contam com uma rede ampliada de proteção no Estado de São Paulo. Além das 142 Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs) físicas — 18 delas funcionando 24 horas —, o estado oferece serviços online, atendimento especializado da Polícia Militar por meio da Cabine Lilás e o aplicativo SP Mulher Segura, que reúne em um só lugar diversas ferramentas de apoio.
Cabine Lilás
A Cabine Lilás é um serviço exclusivo dentro do Copom (Centro de Operações da PM), onde policiais femininas treinadas prestam atendimento a mulheres em situação de risco. Desde sua criação, o projeto já realizou quase 9 mil atendimentos, com 58 prisões em flagrante por descumprimento de medidas protetivas. Em casos emergenciais, a triagem do 190 pode acionar a patrulha policial diretamente. Nos demais casos, a vítima recebe orientação sobre seus direitos e sobre como quebrar o ciclo da violência.

Além disso, é possível registrar boletins de ocorrência online, por meio da DDM Online, disponível 24 horas por dia. A vítima pode relatar a situação sem sair de casa, solicitar medidas protetivas e decidir se prefere ser atendida por um delegado de plantão ou em uma sala reservada da DDM.
Aplicativo SP Mulher Segura
Disponível para Android e iOS, o aplicativo concentra funcionalidades importantes:
registro de boletim de ocorrência,
acionamento de botão do pânico,
georreferenciamento do agressor monitorado por tornozeleira eletrônica e
atendimento rápido.
O login é feito via gov.br, o que dispensa o preenchimento de formulários e facilita a resposta da polícia.

Como identificar a violência
A Lei Maria da Penha classifica cinco tipos de violência contra a mulher:
Física: agressões como tapas, socos, empurrões ou queimaduras.
Psicológica: intimidação, chantagens, ameaças e isolamento social.
Sexual: relação forçada, coerção ou limitação de direitos reprodutivos.
Patrimonial: retenção ou destruição de documentos, dinheiro ou objetos pessoais.
Moral: calúnia, difamação, ofensas verbais e humilhações públicas ou privadas.
Delegadas especialistas alertam que os primeiros sinais quase nunca envolvem violência física. “O controle excessivo, as humilhações, a restrição de amizades ou de acesso ao dinheiro são formas iniciais de agressão”, explica uma das autoridades entrevistadas. Por isso, a orientação é buscar ajuda no primeiro sinal de abuso — não apenas quando houver agressão física.
Canais para pedir ajuda
DDMs físicas: 142 unidades em SP, sendo 18 com atendimento 24h.
DDM Online: Clique AQUI para acessar
Aplicativo SP Mulher Segura: disponível nas lojas iOS e Android.
Cabine Lilás: atendimento especializado da PM via 190 ou presencial, com orientação e acolhimento.
Movimento SP Por Todas
Lançado pelo Governo de São Paulo, o SP Por Todas dá visibilidade às políticas públicas voltadas à mulher, com foco em segurança, acolhimento e autonomia. O programa integra ações como a expansão das salas DDMs, o lançamento do app SP Mulher e campanhas de conscientização, especialmente no Agosto Lilás, mês de combate à violência contra a mulher.
Para mais informações, acesse: www.spportodas.sp.gov.br



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