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Ex-delegado geral de SP é assassinado em Praia Grande

Ex-delegado geral de SP é assassinado em Praia Grande
Vítima de emboscada com fuzis, Ruy Ferraz era jurado de morte pelo PCC e enfrentou a facção por mais de 20 anos; Polícia trata crime como vingança (Reprodução/Redes Sociais)

O ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, pioneiro no combate ao PCC (Primeiro Comando da Capital), foi executado com tiros de fuzil por volta das 18h21 desta segunda-feira (14), em Praia Grande (SP). Ele estava a caminho de casa após sair do trabalho na Secretaria de Administração da cidade, quando foi alvo de uma emboscada no bairro Mirim.

Ex-delegado geral de SP é assassinado em Praia Grande
(Reprodução/Redes Sociais)

Fontes era conhecido por ter sido o primeiro delegado a investigar a facção criminosa PCC, no início dos anos 2000, quando comandava a Delegacia de Roubo a Bancos do DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais). Em 2019, foi jurado de morte por Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como o líder máximo da facção, após a transferência do criminoso para o sistema penitenciário federal.


Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que Ruy tentou fugir dos criminosos, colidiu com um ônibus e capotou. Os atiradores desceram de uma Hilux SW4 preta e atiraram diversas vezes com armas de grosso calibre.

Ex-delegado geral de SP é assassinado em Praia Grande
Criminosos armados com fuzis executaram ex-delegado após perseguição (Imagens: Reprodução/Redes Sociais)

A equipe de SAMU constatou o óbito no local. Além de Ruy, duas pessoas foram atingidas na ação: uma mulher, com ferimentos leves, e um homem que permanece internado, segundo a Prefeitura de Praia Grande. No local foram apreendidos carregadores de fuzil e munições. O carro usado pelos criminosos foi encontrado incendiado.

Ex-delegado geral de SP é assassinado em Praia Grande
Cápsulas deflagradas de fuzil ficaram espalhadas pela via

Histórico de combate ao crime e ameaças

Com mais de 40 anos de atuação na Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz ficou marcado por seu trabalho incisivo contra o crime organizado. Após deixar a segurança pública, em 2023, assumiu um cargo civil como secretário municipal em Praia Grande, onde vivia sem escolta pessoal, como relatou em entrevista à Rádio CBN duas semanas antes do crime.


Devido ao histórico de enfrentamento ao PCC, a cúpula da Segurança Pública de SP trabalha com duas hipóteses para explicar o crime: Vingança da organização criminosa em razão da atuação histórica da vítima contra os chefes da facção; e reação de criminosos contrariados pela atuação dele à frente de Secretaria de Administração da Prefeitura de Praia Grande.


Resposta imediata da Segurança Pública

Após o atentado, o governo do Estado de São Paulo mobilizou uma força-tarefa com mais de 100 policiais civis e militares no litoral para investigar e capturar os autores do crime.


O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, acompanha pessoalmente a operação. "Determinei integração de força-tarefa, com prioridade definida pelo gov. Tarcísio para prender os criminosos. O procurador geral de justiça ofereceu o apoio do GAECO", escreveu em sua página no instagram. "O momento é de luto, mas também de muito trabalho para identificar, o mais rápido possível, os criminosos que participaram dessa ação covarde". Segundo Derrite, foi determinado que o patrulhamento de ROTA e BAEP fossem para Praia Grande reforçando o policiamento ostensivo. "A resposta será dada e nós vamos identificar todos os covardes que participaram desse assassinato".


Nota de Pesar

A Secretaria da Segurança Pública lamenta, com profundo pesar, a morte do delegado Ruy Ferraz Fontes, ocorrida nesta segunda-feira (15), em Praia Grande, vítima de um atentado no bairro Vila Mirim.

Policiais militares atenderam rapidamente à ocorrência e localizaram o veículo utilizado pelos criminosos. A cena foi preservada para a realização da perícia, e o caso está sendo registrado na Polícia Civil. Equipes estão em campo, realizando diligências e utilizando ferramentas de inteligência para identificar, prender e responsabilizar os envolvidos.

O delegado Ruy dedicou mais de 40 anos à Polícia Civil de São Paulo. Estava atualmente aposentado da instituição, exercendo a função de secretário de Administração em Praia Grande. Ao longo de sua carreira, ocupou cargos de destaque, como Delegado Geral de Polícia, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital, além de ter atuado em unidades como o Deic, Denarc e DHPP.

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