Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, a empresa se nega a negociar.
A metalúrgica Tectoy anunciou na última segunda-feira, 02, a demissão de mais de 200 trabalhadores. As demissões ocorreram na fábrica de Cotia, alegando falta de componentes. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, a decisão foi tomada sem negociação alguma, e o Ministério do Trabalho foi acionado.
Segundo o Sindicato, apesar de o problema ser ocasionado por uma questão externa, ele expõe a fragilidade da produção local depender da importação, e a urgência do Brasil fortalecer a indústria nacional. Além disso, os trabalhadores, neste caso mais de 200, não podem ser deixados à própria sorte. Alguns deles tem estabilidade, como gestantes, cipeiros, etc.
“A empresa se nega a negociar. Queremos buscar alternativas para reduzir o máximo possível os prejuízos para os trabalhadores. Para isso, já acionamos a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado de São Paulo”, explica o presidente do Sindicato, Gilberto Almazan.
O Sindicato ainda informa que desde dezembro a empresa tem divulgado entre os trabalhadores as dificuldades para manter a produção que se agravou com o conflito entre Rússia e Ucrânia. “Recebemos pelos trabalhadores da Tectoy, com muita tristeza, a informação das demissões. Lamentamos a falta de diálogo da empresa com o Sindicato para que pudéssemos encontrar saídas para evitar essas demissões. São mais de 200 famílias afetadas, tristes e sofrendo com o desemprego. É uma tragédia social”, destaca o diretor do Sindicato Alex da Força, coordenador da região.
Gerência Regional
Durante conversa, por telefone, com o Superintendente Marco Antonio Melchior, o Sindicato aproveitou para pedir informações sobre a Gerência Regional do Trabalho e Emprego em Osasco.
O Secretário-geral do Sindicato, João Batista, enfatiza que, hoje, quem passa em frente ao prédio localizado na Vila Yara, onde a Gerência esteve instalada por anos, encontra as portas fechadas. Um comunicado fixado no portão informa os visitantes que a Gerência, agora, funciona no mesmo prédio que o INSS, em Osasco.
“Precisamos saber de que forma os atendimentos aos trabalhadores, aos sindicatos e as empresas estão sendo realizados. E quem é o novo Gerente Regional e o novo Chefe de Fiscalização”, destaca.
Foto: Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região
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