Polícia flagra fábrica clandestina de destilados em residência de Barueri
- Fau Barbosa
- 10 de out.
- 2 min de leitura

Idoso produzia e armazenava bebidas alcoólicas sem licença e em condições precárias de higiene; perícia foi acionada
Nesta sexta-feira (10), por volta das 12h, policiais militares do 20º BPM/M flagraram uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas funcionando dentro de uma residência em Barueri. O caso foi descoberto após denúncia anônima recebida pelo COPOM, que indicava possível fabricação irregular de cachaça artesanal no local.
Ao chegarem ao endereço informado, os policiais foram recebidos pelo morador, um idoso de 70 anos, que morava sozinho na casa e autorizou a entrada da equipe. Assim que entraram na garagem, os policiais constataram a presença de vasilhames cheios de bebidas alcoólicas e tambores contendo um líquido transparente, semelhante a destilado.

A residência funcionava como uma verdadeira linha de produção improvisada. Em diferentes cômodos, havia garrafas prontas e lacradas, outras em fase de fabricação, além de recipientes plásticos reutilizados e galões cortados armazenando líquidos sem controle sanitário. No fundo do imóvel, os policiais ainda encontraram produtos de limpeza, como água sanitária, usados para lavar garrafas e utensílios de produção.

Foram localizados ainda rótulos sem registro, tampas de lacração, garrafas reaproveitadas de marcas diversas e produtos prontos para comercialização, o que indica tentativa de inserção irregular no mercado.



Durante a vistoria, foi constatado que o local não possuia alvará de funcionamento, tampouco segue as normas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que regulamenta a produção e o manuseio de bebidas alcoólicas.
Ao ser questionado, o homeme afirmou que comprava parte das bebidas de um fornecedor, mas admitiu produzir e saborizar cachaças artesanais com ingredientes como canela, gengibre e mel, fermentadas na própria casa.

O caso foi apresentado ao 1º DP de Barueri, onde a Autoridade Policial determinou o acionamento da perícia criminal e sanitári públicaa para coletar amostras, avaliar as condições de produção e verificar a composição das bebidas. Também foi determinada a apreensão de todos os materiais para perícia complementar, a fim de confirmar a materialidade do crime.
Foi lavrado o Boletim de Ocorrência de crime contra a saúde pública (adulteração ou falsificação de substâncias alimentícias, medicinais ou de consumo - art. 272). A investigação prossegue.
Atendeu a ocorrência a viatura M-20111.
Atenção:
Bebidas produzidas de forma clandestina podem conter contaminantes e solventes tóxicos, colocando em risco a saúde do consumidor. A ingestão desses produtos pode causar intoxicação, danos ao fígado e até morte, já que não há controle de qualidade nem rastreabilidade.



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