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Câmara de Cotia declara perda do mandato de Alexandre Frota após condenação na Justiça Federal

Câmara de Cotia declara perda do mandato de Alexandre Frota após condenação na Justiça Federal

Resolução publicada nesta sexta, 3 de outubro, confirma cassação do vereador e vacância do cargo por sentença definitiva e irrecorrível (Imagem: Arquivo/Portal Viva)


A Câmara Municipal de Cotia declarou oficialmente, nesta sexta-feira, 3, a perda do mandato do vereador Alexandre Frota (PDT). A decisão foi publicada em resolução assinada pelo presidente da Casa, vereador Osmar Danilo da Silva, e pela diretora parlamentar, Eliana Furtuoso de Melo, confirmando a vacância do cargo.

Câmara de Cotia declara perda do mandato de Alexandre Frota após condenação na Justiça Federal

Frota teve mandato de vereador cassado após condenação criminal com sentença transitada em julgado (Arquivo: Portal Viva)


O ato legislativo foi baseado na Lei Orgânica do Município, no artigo 49, inciso VI, e no artigo 15, inciso III, da Constituição Federal, que determinam a perda do mandato em caso de condenação criminal por crime doloso com sentença transitada em julgado.


A resolução menciona que o processo tramitou na 2ª Vara Federal de Osasco-SP, com condenação confirmada pela 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região e ratificada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 26 de maio de 2025, tornando a decisão definitiva e irrecorrível.

Câmara de Cotia declara perda do mandato de Alexandre Frota após condenação na Justiça Federal

Condenação

Frota foi condenado por injúria e difamação contra o ex-deputado federal Jean Wyllys, com pena de 2 anos e 26 dias em regime aberto, substituída por prestação de serviços à comunidade, limitação de fim de semana e pagamento de 175 dias-multa. (Esse valor deve estar entre 1/30 (um trigésimo) e 5 vezes o valor do salário mínimo vigente na data do crime, conforme o artigo 49, §1º, do Código Penal).


Carreira política em Cotia

Eleito vereador em 2024 com 2.893 votos, Frota foi o 9º mais votado entre os 17 parlamentares eleitos. Em agosto de 2025, se licenciou da Câmara para assumir a Secretaria de Relações Institucionais de Cotia, a convite do prefeito Wellington Formiga (PDT). Durante sua licença, a cadeira foi ocupada pelo suplente pastor Fábio Ribeiro.


A reportagem do Portal Viva entrou em contato com Alexandre Frota, questionando sobre a cassação. Ele não atendeu o telefone e se limitou a responder a mensagem: "Cassaram, conseguiram o que queriam. Mas é jogo".


Posse do suplente

Agora, com a declaração oficial da perda do mandato, a Câmara de Cotia deve oficiar o juiz eleitoral sobre o suplente. O juiz respondendo, a Câmara faz a convocação. Se for automática a sua condução, o suplente deverá estar na Câmara em até cinco dias. O suplente de Frota é o ex-vereador Marcos Nena, atual Secretário de Transportes e Trânsito. Ele obteve 2.485 votos na última eleição, pelo PDT.


Nena conversou por telefone com a reportagem do Portal Viva. "Fui pego de surpresa com a notícia nesta tarde. Jamais imaginaria, um vereador e ex deputado...", disse. Questionado se vai permanecer na Câmara ou se depois de assumir como vereador vai retornar para a Secretaria, Nena disse que tudo dependerá da expectativa do prefeito.


Situação jurídica

O Portal Viva foi atrás de saber um pouco mais sobre a situação jurídica de Frota, que pela condenação criminal, após a conclusão da pena estará inelegível por 8 anos (Lei da Ficha Limpa).


Segundo apurado pela nossa reportagem com um advogado especialista, toda decisão definitiva pode ser reformada. Frota pode tentar reverter a decisão no campo criminal, com uma ação de revisão criminal. Porém, ele pode não obter liminar para voltar à Câmara e o processo se arrastar até o final do mandato. Caso ele consiga, ele assume.


Já no campo cível, a ação adequada seria uma ação rescisória. Porém conforme apurado, são raros os casos de tutela antecipada.


Também questionamos sobre o fato dele estar como Secretário, que é um cargo de confiança, mas de agente político (diferente de adjunto que é cargo de comissão). Segundo apurado, seria inconcebível que, com seus direitos políticos cassados, ele continue no cargo. Mas isso é uma decisão política.




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